(estava eu a arrumar os livros de 11º e encontrei este texto no meio de um livro e não faço a minima de quem o tenha escrito)
"Sei o quão assustador se pode revelar a regridão da solidão, o seu pesado fardo faz-se sentir em cada movimento e o seu ardor é bastante penoso quando acentua a dor insuportavel que carregamos no ínfimo do nosso ser.
Por vezes, a própria respiração estilhaça sem pudor o nosso peito e, nesses momentos em que a mágoa impera, desejamos cair num sono profundo e imperturbável que seja capaz de atenuar a ferida que insiste em gritar que estamos sozinhos e sem rumo. O caminho apresenta-se repleto de angústias que vão sugando lentamente, mas com brusquidão, a última chama da esperança, deixa-nos completamente perdidos e sem força para lutar contra as correntes da maré que teima em larnçar-nos de forma abrupta num remoinho. E, quando nos rendemos à imensidão da amargura, naufragamos.
Esforço-me por manter os pés no chão, mas já me encontro bem longe da realidade, pairando sobre a ilusão de o ter e no medo de perder alguém que nunca cheguei a alcançar.
Agarro-me à esperança de uma maneira tão forte porque, por vezes, é a única que me resta."
Ando tão atarefada como tu, também ando a arrumar as coisas do 11º ano.
ResponderEliminarO texto está lindo *_*
lembro-me bem destas palavras :$ onde encontraste isto?
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