"Quando se ama, qualquer movimento pode ser em falso e significar morte imediata. (...) Por isso rio-me muito da minha tristeza, finjo que não é nada comigo e espero que um dia possa sair da reserva e a minha vida mude.
Mas não sei esperar, não sei aceitar, não sei ceder. Só sei sonhar, desejar e querer. Sonho muito, quero, desejo com muita intensidade e quero sempre mais, por isso respiro fundo, conto até dez, e depois outra vez até dez, e, quando dou por mim, já vou em mais de cem e nada mudou.
Não tenho respostas para a espera. Só sei que o ditado não pode estar certo, porque quem espera quase nunca alcança e se é devagar que se vai ao longe, os outros também lá chegam, mas com certeza mais depressa.
Não tenho respotas para a vida, que me pareceu uma sequência sem lógica, um jogo em que é preciso encaixar peças de puzzles diferentes, uma névoa de indecisões e incertezas em que a vontade nunca vence, os sonhos se desfazem e o tempo vai roubando os dias." MRP
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